Do tapete vermelho à vida real: em busca da autenticidade

Por Dani Amorim

Certa vez, ouvi de uma cliente: “eu não aguento mais me fantasiar para trabalhar”. Ela se referia ao desejo de se libertar do guarda-roupa formal, que diariamente compunha a sua vestimenta de juíza. Na contramão, ela observava a informalidade que uma nova geração está trazendo ao ambiente corporativo, cuja forma de se vestir demonstra mais personalidade e autenticidade. Ela queria isso para ela também. 

No início do ano, acompanhamos a cerimônia do Oscar 2020. Pelo pouco que pude acompanhar nos noticiários, uma coisa me chamou a atenção: a bandeira da autenticidade está, de fato, aumentando.

Julia Butters resolveu levar o lanche de casa: “Estou levando um sanduíche de peru. Muitas vezes a comida daqui não é para mim, muita coisa que eu não gosto”.

Jane Fonda reciclou o vestido que já havia usado no Festival de Cannes, em 2014 (sem contar o protesto silencioso que fez carregando nos braços o seu emblemático casaco vermelho).

Joaquim Phoenix comemorou o prêmio de melhor ator do ano comendo hambúrguer na calçada. Sua noiva, e também atriz, Rooney Mara, foi junto e ainda mostrou que trocou o salto alto pelo conforto do All Star. 

Se antes o tapete vermelho só abria oportunidade para protestos, agora ele também abre oportunidade para mostrar a vida como ela é. Particularmente, amo muito tudo isso!